Raphael Miguel teve a experiência de participar pela primeira vez da Bienal no livro. E a CupCakes, Livros & Moda fez uma incrível entrevista para vocês, vamos lá?
1- Antes de mais
nada, o que acha de se apresentar?
R= Meu nome é Raphael Miguel, participei de 20 antologias de
contos e poemas em apenas um ano, autor de “O Livro do Destino” publicado pela
Chiado Editora em março de 2016 e de “Ácido & Doce” a ser publicado em 2017
pela Dalle Piagge Editora. Participei pela
primeira vez de uma Bienal do Livro em 2016 no dia 27/08/2016, com sessão de
autógrafos às 20h00.
2- Qual a sua
percepção diante à bienal e quais eram suas expectativas?
R= Tive a notícia de que a Chiado Editora estaria na Bienal
em março deste ano após algumas trocas de e-mail. Desde então, comecei a sonhar
e a especular sobre minha participação com o evento. Tinha altas expectativas e
pensava que seria uma apresentação épica e surreal, mas o tempo foi passando e
adotei uma postura mais “pé no chão”.
No fim, o evento não serve para apoiar um autor iniciante,
mas isso não muda o fato de que se trata de uma participação sensacional.
3- Pode nos contar algo que te marcou na Bienal?
R= O que mais me marcou foi ver tanta gente reunida em prol
de um assunto principal. Quando você pisa nos tapetes do evento e vê aquela
multidão louca por livros acaba tendo uma epifania. É SURREAL!
4- Se você pudesse voltar ao tempo, mudaria algo em sua participação
na Bienal?
R= Mudaria o horário da sessão de autógrafos. Tive a
oportunidade de escolher vários horários, mas acabei por escolher o das 20h00
do dia 27/08. Não foi uma boa escolha, havia um público muito reduzido em
comparação com a tarde. Bem, valeu a experiência para outros eventos.
5- Conta pra gente como você se preparou? Sabemos que é o
grande sonho de um autor participar de
uma Bienal.
R= Para falar a verdade, estava bastante pilhado nos meses
de junho/julho. Me antecipei bastante quanto à notícia de que a editora iria
participar da Bienal e acabai soltando essa bomba no início de Abril, então
fiquei muito ansioso.
O mês de agosto chegou e alguns episódios foram me trazendo
de volta à Terra, deixando com pé no chão. Às vésperas da minha participação,
refleti bastante e já estava acostumado com a ideia de que pouca coisa
interessante aconteceria comigo no evento.
Sim, é um evento grandioso, mas não é voltado a um autor
iniciante. É bom ter consciência disso para não sentir o baque.
6- Agora uma coisa que todos nós queremos saber, o que você
sentiu ao entrar na Bienal como autor?
R= Foi incrível! Senti como se estivesse entrando naqueles
portais para outra dimensão, sabe? O mais legal é que a entrada dos autores na
Bienal se dava através de um túnel, então imagine só a palpitação do coração em
estar atravessando esse bendito portal.
Imediatamente, ouvi tocando em meus ouvidos a música “The
King of Kings”, do Motorhead, tema de
entrada do lutador Triple H na WWE e foi isso mesmo, sensação de que como se
fosse um astro chegando. (RS) Infelizmente, não havia ninguém me esperando no
fim do túnel, mas imagine se tivessem milhões de fãs aguardando? Acho que teria
um ataque cardíaco.
7- Por último, qual dica ou mensagem você deixa para os
autores iniciantes?
R= Bem, como já disse acima, não acredito que a Bienal seja
um evento destinado a apoiar novos autores. Há tanta inveja nesse meio,
bastante competição velada e muito pouco apoio dos grandes veículos de
comunicação. Porém, o sonho é o que move o escritor.
É importante que um autor iniciante participe de uma Bienal
do Livro, um evento que pode ensinar muito a quem ainda experimenta os
primeiros passos no mercado editorial. Apesar de não ser a estrela principal,
corra atrás do seu sonho e invista em suas vontades.
No fim, sua participação em uma Bienal pode ser até apagada
por inúmeros fatores, mas uma vez lá dentro, prepare-se para uma experiência
incrível que pode te ensinar muito.
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